China x EUA: relações comerciais sob tensão

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O cenário do "tarifaço" muda tão rápido que já não é possível acreditar em qualquer previsão.

Cenário mundial caótico, atividade econômica incerta. Previsão de recessão nos Estados Unidos, na Ásia, no mundo? Semelhanças com o choque do petróleo, com a crise de 1929 ou a crise de 2008? Muitas perguntas, poucas respostas. A economia mundial entrou em um terreno infértil e é necessário aguardar com cautela o alcance real da situação em toda a sua extensão.

A política norte-americana tornou a economia um substantivo abstrato. Para especialistas em política comercial, comparar o momento atual com o ano de 2008, quando o setor financeiro entrou em recessão, é oportuno. Nas últimas semanas, as Bolsas despencaram.

A essa altura, as previsões anteriores já não têm importância. São consideradas defasadas, obsoletas. O cenário do “tarifaço” muda tão rápido que já não é possível acreditar em qualquer previsão.

Há poucos meses a preocupação global era com as tarifas relacionadas ao ferro e ao aço. O conflito comercial entre Estados Unidos e China, deixou a economia mundial “à deriva”, e as nações globais aguardam para encontrar um ponto de referência.

Ameaças? Oportunidades? As análises sobre o impacto das tarifas apontam para um cenário delicado. Se a negociação diplomática não prevalecer, o choque econômico será muito relevante. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações cearenses – quase 50% de tudo o que o Ceará vende para o mundo vai para lá.

Com as recentes tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, a balança comercial pode ter desequilíbrio. As novas medidas podem desestabilizar cadeias globais de fornecimento e afetar diretamente a corrente de comércio do estado.

O declínio econômico, os impactos nas cadeias de suprimentos e no comércio internacional estarão evidenciados em todo o mercado mundial. Em síntese, possíveis interrupções no intercâmbio comercial e as incertezas sobre o futuro escrevem novos capítulos na história do mundo.

Ana Karina Frota, Presidente do Conselho de Relações Internacionais da Fiec, Gerente do Centro Internacional de Negócios. Mestre em Ciência Política pela Universidade Clássica de Lisboa / Universidade de Brasília. Pós-Graduação em Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília. Membro da Diretoria Regional do Wista, Articulista do Jornal O Povo.

Fonte: O POVO

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