Ceará Global debate panorama dos investimentos estrangeiros no Estado

10/08/2017 - 14h08

Com mais de quatro mil empresas com investimentos estrangeiros diretos, o Ceará se apresenta como um destino atrativo para o mercado global. Para debater o potencial de internacionalização do Estado, empresários, especialistas e instituições públicas e privadas ligadas ao comércio exterior reuniram-se na Casa da Indústria nesta quinta-feira (10/8) no Ceará Global. O evento é uma iniciativa capitaneada pela Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e Câmara Brasil-Portugal no Ceará, com apoio do Sebrae, Junta Comercial do Ceará (Jucec) e do Grupo de Comunicação O Povo.

O objetivo do evento era apresentar um panorama geral dos investimentos estrangeiros no Estado e a agenda internacional da indústria cearense, temas de palestras ministradas pelo presidente da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará, Rômulo Alexandre Soares, e pela gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, Karina Frota. A plateia também pode conhecer detalhes da plataforma Connect Americas, que conecta empreendedores de pequeno e médio portes a investidores estrangeiros, com informações do consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Rafael Oliveira.

O presidente da FIEC, Beto Studart, abriu o evento. Em discurso, ele ressaltou a importância da existência no Ceará de ambiente simbiótico entre iniciativa privada e Governo do Estado que torna favorável o desenvolvimento local e a atração de investimentos. Beto Studart disse que é preciso avançar ainda mais para que o Brasil eleve a sua participação no mercado internacional, que hoje representa 1% nas exportações e importações globais.

Na opinião do presidente da FIEC, elevar as importações é fundamental para que o Ceará ocupe posição de destaque no cenário nacional. “A importação é que traz para nós a grande riqueza. E quando falo em importação não é só importação de matéria-prima. É importação de tecnologias, do conhecimento. Importar faz a grande diferença e muda a fisionomia das indústrias e de um povo”, afirmou.

Outra questão abordada pelo presidente da FIEC foi a lei de convalidação de incentivos fiscais, sancionada em 8/8. “Para mim, a lei criou uma grande dificuldade porque prevê que em 15 anos os incentivos fiscais irão desaparecer. O que o Ceará irá fazer, além da sua boa vontade de criar infraestrutura? Não atrairemos novas indústrias, novos investidores, se não tivemos condições competitivas. Essa discussão deve entrar em pauta já. E nesses 15 anos precisamos qualificar esses incentivos, de forma que as empresas beneficiadas empreguem recursos na educação e formação de mão de obra para formar conhecimento”, disse. 

O Ceará Global contou ainda com as presenças do secretário-chefe do Gabinete do Governo do Estado, Élcio Batista, representando o governador Camilo Santana, a coordenadora especial de Relações Internacionais e Federativas da Prefeitura de Fortaleza, Patrícia Macedo, o presidente da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará, Rômulo Alexandre Soares, o presidente da Câmara Brasil-Portugal no Ceará, Armando Abreu, o superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo, o presidente da Sociedade Consular do Ceará, José Zanocchi, o vice-presidente do Grupo de Comunicação O Povo, João Dummar Neto, e a presidente da Junta Comercial do Ceará (Jucec), Carolina Monteiro.

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