Setor de calçados registra aumento de 8,9% nas exportações em 2017
Principal exportador em volume de pares de calçados e segundo maior em valor (atrás do Rio Grande do Sul), as exportações cearenses registraram nos sete primeiros meses do ano um incremento de 8,9%, alcançando US$ 160,7 milhões. Trata-se de um alento para o setor, considerando a retração de 1,5% no comparativo de 2016 sobre 2015.
Vale ressaltar que apesar do bom desempenho no cenário externo, os calçados perderam em 2017 o posto do principal setor exportado do Ceará para o metalomecânico (leia-se chapas de aço da Companhia Siderúrgica do Pecém). Tal fato explica a queda na participação da balança comercial cearense de 26,4% para 14,3%.
A Argentina ultrapassou os EUA, retomando a posição de principal destino das exportações cearenses de calçados. Enquanto que as vendas externas ao país sulamericano aumentaram 31,2%, os EUA apresentaram queda de 7,8%. Colômbia e Bolívia foram outros destinos de destaque, com incremento respectivo de 40,1% e 34,6%.
No sentido inverso, as importações do Estado de calçados apresentaram incremento de 87,4%, passando de US$ 2 milhões para US$ 3,7 milhões. China e Vietnã foram os principais fornecedores. A boa notícia é que o referido aumento está relacionado com a aquisição de componentes para a produção do produto final, como é o caso de solas, palmilhas e partes superiores. Desta forma, se tais itens forem utilizados no produto final a ser exportado, a indústrias estão livres do pagamento de diversos impostos, através do regime especial conhecido como drawback, tornando assim as empresas mais competitivas.
Comex
Os dados foram compilados do Estudo Setorial de Calçados, elaborado mensalmente pela unidade de Inteligência Comercial do Centro Internacional de Negócios da FIEC, responsável também pelo Ceará Comex. Os dados de julho do Ceará em Comex apontou que as exportações cearenses tiveram crescimento de 15,8% em relaç Comex são ao mês anterior, alcançando US$ 162,9 milhões. O montante exportado é 88,8% superior ao igual período de 2016, quando fora registrado US$ 86,3 milhões. Trata-se do décimo primeiro mês consecutivo em que o Estado registra aumento. As importações também registraram crescimento (19%) em julho em relação a junho, chegando a US$ 209,6 milhões. Vale destacar que esse valor é 60,9% inferior aos US$ 536 milhões registrados no mesmo período de 2016. Como resultado dessas movimentações, o Ceará registrou balança comercial deficitária em US$ 46,6 milhões em julho.