Ceará mantém bom desempenho nas exportações em 2018, revela FIEC
O Ceará exportou em novembro US$ 190,2 milhões, uma redução de 42% em relação ao volume exportado no mês anterior. Apesar da queda, o estado segue contabilizando resultado positivo na análise das exportações no acumulado do ano, contabilizando US$ 2,06 bilhões de janeiro a novembro, volume 10,5% superior ao do mesmo período de 2017. A informação é do estudo Ceará em Comex de dezembro, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
Mantendo o posto de 3º maior exportador do Nordeste, o Ceará representou, no acumulado de 2018, 12,06% das exportações da região. As importações, de janeiro a novembro, totalizaram US$ 2,4 bilhões, valor esse 12,4% maior do que o do ano passado. O saldo da balança comercial cearense, no período analisado, manteve-se deficitário, dessa vez em US$ 297,9 milhões.
Caucaia e Aquiraz foram os municípios que apresentaram maiores crescimentos no período 2017-2018, aponta o estudo. Caucaia contabilizou um aumento de 81,9%, saindo de US$ 41,8 milhões para US$ 76 milhões. Já Aquiraz saltou de US$ 29,2 milhões em 2017 para US$ 41,3 milhões no ano atual, uma variação positiva de 41,9%. São Gonçalo do Amarante (US$ 1,2 bilhão), Fortaleza (US$ 127,7 milhões) e Sobral (US$ 122,5 milhões) se mantém como municípios líderes nas vendas externas cearenses.
O setor de “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes” é um dos grandes impulsionadores das exportações cearenses. O segmento registrou um avanço de 163,6% em relação à 2017, totalizando US$ 62,7 milhões de janeiro a novembro de 2018. Outros setores da pauta exportadora cearense também obtiveram aumentos consideráveis justificando a performance positiva do estado. É o caso do líder em exportações “Ferro fundido, ferro e aço”, que cresceu 28,9%, chegando a mais de US$ 1,2 bilhão.
Os segmentos de frutas e de pescados também contribuíram de forma bastante positiva, com acréscimos de 12% e 9,8% respectivamente. Os calçados cearenses reduziram suas exportações em 14,4% no biênio analisado, mas a maior queda foi registrada pelo setor de couros, que reduziu suas vendas ao exterior em 41,1%, caindo de US$ 113,9 milhões para US$ 67,1 milhões.
Os Estados Unidos importaram mais de 300 produtos cearenses em 2018. Essa parceria faz do país o maior destino das exportações do Ceará, com US$ 793,8 milhões (38,3% do total). Os norte-americanos dobraram suas compras do Ceará entre 2017 e 2018. Turquia e México vêm se alternando na segunda posição do ranking, no acumulado do ano, o Ceará exportou para os mesmos US$ 143,1 milhões e US$ 140,1 milhões respectivamente. As vendas externas cearenses ganharam força na Europa em 2018, países como Alemanha, Reino Unido, Polônia e Holanda, juntamente com a Turquia figuram na lista dos principais destinos. A Coréia do Sul é a representante asiática nessa lista, e importou do Ceará US$ 98,2 milhões no período analisado.
Importações
O Ceará ocupa a 14ª posição no Brasil levando-se em consideração as importações no acumulado do ano, com US$ 2,4 bilhões. Os principais municípios importadores são São Gonçalo do Amarante (US$ 901,5 milhões), Fortaleza (US$ 494,7 milhões) e Maracanaú (US$ 336,7 milhões). As cidades de Chorozinho e Quixeré registraram fortes aumentos em relação ao ano passado, essencialmente na importação de combustíveis minerais e células solares.
Dentre os maiores segmentos importados pelo Ceará em 2018, os quatro primeiros cresceram, com destaque para o de máquinas elétricos, grupo que engloba os painéis solares comprados por Quixeré, principalmente da China, que importou US$ 167,4 milhões. A lista é encabeçada por “Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação” com US$ 929,1 milhões, seguidos por “Cereais” (US$ 207,7 milhões) e “Produtos químicos orgânicos” com US$ 179,8 milhões.
Esses US$ 2,4 bilhões importados pelo Ceará em 2018 têm 95 países de origem. China, com US$ 506,9 milhões e Estados Unidos com US$ 439,6 milhões são os principais fornecedores. A Argentina, líder no fornecimento de trigo para o estado, figura em quarto lugar com US$ 184,1 milhões. O gás natural importado tem como principal fornecedor Trinidad e Tobago, que enviou para o Ceará US$ 99,9 milhões.
Confira o estudo completo AQUI.
Sobre o CIN
O Centro Internacional de Negócios da FIEC auxilia as empresas na inserção no mercado internacional, promovendo a cultura exportadora no Estado do Ceará. O CIN faz parte da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, que junto com Serviço Social da Indústria - SESI Ceará, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Ceará e Instituto Euvaldo Lodi - IEL Ceará formam o Sistema FIEC.