Importações cearenses são concentradas em três municípios
As importações cearenses somaram US$ 1,779 bilhões de janeiro a setembro de 2019 – uma variação negativa de 10,7%. Apenas no mês de setembro, quando as importações foram de cerca de US$ 179 milhões, a queda foi de 15,4% quando comparada com o mês de agosto de 2019. Como reflexo do resultado negativo houve uma diminuição da variedade de produtos importados pelo Estado. Enquanto o Ceará importou 2338 tipos de produtos até setembro de 2018, no acumulado desse ano foram 2263 variedades. Os dados são do estudo Ceará em Comex de setembro, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC).
Essa diminuição também pode ser observada na representatividade do Ceará nas importações do Nordeste e do Brasil. No aspecto regional, as operações cearenses corresponderam a 11,71% e no âmbito nacional a participação foi de 1,3%. O Ceará permanece como o 13º estado em importações brasileiras. As participações apresentaram retração se compradas com o período de janeiro a setembro do ano anterior.
Os municípios de São Gonçalo do Amarante e de Fortaleza apresentaram as maiores participações nas importações do Ceará, sendo 33,5% e 31%, respectivamente. Se considerar a participação de 13,1% de Maracanaú, os três municípios somam 77,6% do total importando pelo estado. Essa concentração está maior do que os resultados de 2018, no qual somaram 72,3%. Apesar do aumento da concentração em 2019, observa-se uma redução nas importações de São Gonçalo do Amarante e Maracanaú, com variação negativa de 22,7% e 13,1%. Já Fortaleza apresentou um crescimento de 37,8%, se comparado com o mesmo período de análise do ano anterior.
Apesar do decréscimo de 15% na importação, o setor de “combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação” permanece em primeiro lugar no ranking da demanda de produtos no exterior. O valor no acumulado de 2019 foi de US$ 695 milhões.
Dentre os dez principais setores importadores, “máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes” apresentou a maior queda, cerca de 37,8% totalizando US$ 89,6 milhões. Em compensação, os setores de “plásticos e suas obras” e “ferro fundido, ferro e aço” apresentaram uma variação positiva de 27,3% e 19,8%, respectivamente.
Os dez principais produtos importados pelo Ceará correspondem a 55% de toda a demanda por produtos no exterior. Com US$ 346,8 milhões, a “hulha betuminosa, não aglomerada” foi o principal produto importado em 2019, apesar da variação negativa de 26,7%. Dentre os produtos listados, “outras gasolinas, exceto para aviação” e “ outros desperdícios e resíduos de ferro ou aço” apresentaram a maior variação, com cerca de 96% de crescimento, cada produto. A maior redução foi para o produto “óleo de dendê, em bruto”, com retração de 48,8% e valor de US$ 18,5 milhões.
Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do Ceará, sendo 29,7% da demanda cearense por produtos no exterior proveniente dos país. O valor já ultrapassou US$ 528,2 milhões e apresentou uma variação positiva de 39,6%. O segundo e terceiro lugares apresentaram queda, sendo a China com uma retração de 25,1% e a Argentina com uma diminuição de 0,3%. No total, os três principais ofertantes de produtos para o Estado somaram uma participação de mais de 55% no acumulado de 2019. Dentre os principais países vendedores elencados no estudo, destaca-se o aumento das importações oriundas do Reino Unido, com cerca de US$ 44,9 milhões e um acréscimo de 64,7%.
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O Centro Internacional de Negócios da FIEC auxilia as empresas na inserção no mercado internacional, promovendo a cultura exportadora no Estado do Ceará. O CIN faz parte da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, que junto com Serviço Social da Indústria - SESI Ceará, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Ceará e Instituto Euvaldo Lodi - IEL Ceará formam o Sistema FIEC.