Ceará registra alta nas importações em maio, revela estudo do CIN
Maio foi para o Ceará o pior mês do ano em volume de exportações. No total, foram US$ 121,5 milhões - uma queda de 4,2% em relação a abril. No entanto, as importações seguiram caminho inverso. O Estado importou US$ 235,6 milhões em maio, alta de 50,2% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o crescimento das importações foi de 14,4%, ultrapassando o valor de US$ 1,06 bilhão. Já as exportações somaram de janeiro a maio US$ 803,7 milhões, uma retração de 15,7% ante o mesmo período de 2019. Os dados são do estudo Ceará em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC.
Os valores do Ceará representam 12,8% do total exportado pelo Nordeste no acumulado do ano e 0,95% do montante vendido pelo Brasil para o exterior. No que se refere as importações, a representação regional foi de 16,67%, melhor resultado do Ceará na balança comercial do Nordeste. Do ponto de vista nacional, as importações cearenses correspondem a 1,54% do total adquirido pelo país no exterior.
Fortaleza se consolida como a principal cidade importadora do Ceará e representa cerca de 36% do total importado pelo estado. A capital registrou US$ 370,4 milhões em aquisições de produtos no exterior, o que corresponde a um crescimento de 40%. Os produtos de maior interesse foram combustíveis, trigo e óleo de palma.
O setor de “Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais” prevalece como o principal setor procurado pelo Ceará no exterior. O setor apresentou uma procura de US$ 375,3 milhões, nos quais os principais produtos foram “Hulha betuminosa, não aglomerada”, apesar da redução de 23,1% na procura do produto, e de “Gasóleo (óleo diesel) ”, com aumento da demanda em 54%.
Com crescimento de 177,7%, o setor de “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes” foi o segundo mais procurado pelo estado no mercado internacional e somou US% 115,5 milhões em importações. Os produtos do grupo “Redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluindo os conversores de torque” foram os grandes responsáveis pelo bom desempenho do setor. Apenas o produto registrou aumento de 5374% no acumulado desse ano e foi responsável por mais da metade do total comprado no âmbito do setor.
Os cereais, tradicionais na pauta importadora considerando que o estado é um grande polo industrial dos setores de panificação, confeitaria e massas, apresentou crescimento de 12,7% e registrou o valor de US$ 98 milhões. Proveniente principalmente da Argentina, o principal produto procurado no exterior foi “Outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura”, que corresponde a 99% do total comprado do setor.
Outro insumo muito utilizado pelo mesmo polo industrial são os “Óleos de dendê, em bruto”. O óleo, extraído da palma, rendeu US$ 24,2 milhões em importações e um crescimento de 167%. A Colômbia, Indonésia e Portugal foram os principais fornecedores do produto em 2020.
O setor “Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes. ” Registrou US$ 32,7 milhões em importações e crescimento de 243% no acumulado do ano. É válido destacar que os principais produtos do setor demandando do exterior fazem parte do grupo “Fibras de carbono, para usos não elétricos”, que apresentou crescimento de 353,4% e foi vendido, principalmente, pelos Estados Unidos.
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