Balança comercial do setor de rochas ornamentais do Ceará registra superávit de US$ 17,9 milhões

09/10/2020 - 14h10

Com exportações em alta e importações em queda, o setor de rochas ornamentais no Ceará registra uma balança comercial superavitária. O Estado obteve de janeiro a setembro deste ano um saldo comercial positivo de US$ 17,9 milhões, o que corresponde a uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do estudo setorial de rochas ornamentais Ceará em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Em relação às exportações, o Ceará registrou um volume total de US$ 18,1 milhões em vendas ao exterior de janeiro a setembro de 2020. O valor representa uma alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado e coloca o Ceará em terceiro lugar no ranking nacional dos Estados exportadores, atrás de Espírito Santo e Minas Gerais. Já o desempenho do Ceará nas importações é negativo. Houve uma queda de 72,5% até setembro, totalizando um volume de US$ 173 mil em vendas ao exterior. 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar, avalia que os números refletem a recuperação do setor após os impactos provocados pela pandemia de Covid-19. “Considerando a retomada da construção civil, há uma certa euforia no mercado interno e as empresas estão com sua carteira de pedidos bem ativa. Inclusive, começa a faltar matéria-prima para atender à forte demanda. Os investimentos em pesquisa e lavra continuam avançando e as perspectivas da atividade vão se intensificando, sinalizando um forte crescimento nos próximos dois anos”, aponta.

O estudo mostra ainda que os Estados Unidos importaram o maior volume de rochas do Ceará (US$ 7,6 milhões), porém a China foi o país que obteve o maior crescimento (65,5%) na compra de rochas cearenses no período. Itália, Polônia e Nigéria também integram a lista dos países que mais importaram o produto neste ano. Os municípios cearenses que mais exportaram foram Caucaia, Santa Quitéria e Uruoca. “As atividades de produção começam a ser ampliadas por mais municípios, o que é muito importante para a interiorização do desenvolvimento”, diz o presidente do Simagran.

Carlos Rubens acrescenta que atualmente cerca de 60 investidores do Sudeste estão investindo no Estado e há perspectivas concretas de instalação de novas unidades industriais na Zona de Processamento de Exportações (ZPE). “Isso irá agregar bastante valor às exportações do Ceará. Um fato muito auspicioso é que alguns materiais extraídos aqui são tidos como o ‘must’ da pedra natural em todo o mundo. São verdadeiras grifes e entre eles destacam-se os quartzitos e granitos”, ressalta.  

Confira o estudo completo AQUI.

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