Confira o artigo de Karina Frota, Gerente do CIN, sobre Logística Global e o impacto no Ceará

04/11/2021 - 16h11

A Gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, é colunista do Jornal O Povo. Semanalmente, ela aborda temas atuais e relevantes para a indústria e a economia cearenses.

Esta semana, ela analisa a logística global e o impacto no Ceará.

Confira o texto na íntegra:

As previsões dos especialistas relacionadas às melhorias no setor de transporte marítimo foram por "água abaixo". No momento presente, diversas empresas enfrentam grande pressão nos fretes marítimos. Falta de navio, falta de contêineres no mercado, valor demasiado do frete. É fato, o mar não está para amadores. O transporte marítimo é o principal modal utilizado nas transações comerciais entre as nações.

No último trimestre, as atividades econômicas demonstraram recuperação. Crescimento rápido das exportações de produtos fabricados na China. A retomada dos negócios entre os países, gerou no Brasil (e no mundo) uma demanda maior do que a capacidade de transportar os produtos, resultando no atraso e/ou cancelamento no envio de algumas mercadorias.

Empresas também relataram produtos vendidos que permanecem na fábrica porque deixaram de ser embarcados devido a desordem na logística global. A situação causa impacto direto nas vendas internacionais do Ceará e do Brasil. É fato a vulnerabilidade do País por estar fora das rotas principais do Comércio Exterior.

A reabertura dos mercados e a recuperação da economia causou um problema logístico nas operações comerciais de diversos países. Se por um lado os fabricantes sofrem com a falta de insumos importados da China, alguns segmentos, como confecções e têxtil, apresentam desempenho oportuno no mercado local.

Com as rigorosas medidas para reduzir a liberação de CO2 e o consumo de energia por meio da limitação de energia elétrica, os custos chineses serão fortemente impactados, desde as matérias-primas aos materiais de embalagem, e, ainda, a mão de obra portuária. Importações estarão mais caras.

Estimativas recentes da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) sugerem que as vendas de artigos de vestuário devem crescer 25% até o final de 2021 no setor de varejo. O panorama do segmento têxtil é favorável para quem planeja apostar e ter sucesso no setor.

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