FIEC participa do Ceará Global, maior evento sobre internacionalização da economia cearense
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) participou dos espaços promovidos pelo Ceará Global, nestas quinta (25/08) e sexta-feiras (26/08), no BS Design. O evento contou com palestras e painéis realizados com a participação de representações da entidade, cujo tema desta edição foi Negócios Sustentáveis. A FIEC é uma das cofundadoras do encontro e apoia as ações realizadas pelo Ceará Global nesta sexta edição.
O Diretor de Inovação e Tecnologia e Líder do Observatório da Indústria da FIEC, Sampaio Filho, representou o Presidente Ricardo Cavalcante na solenidade de abertura. Ao lado dele, estavam presentes a Governadora do Ceará, Izolda Cela; o Secretário do Desenvolvimento e Trabalho; Maia Júnior; o Secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno; além do Presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Danilo Serpa; o Presidente da Câmara Brasil Portugal no Ceará, Eugênio Vieira; o Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior, Hermes Monteiro; o Diretor da Fecomércio, Eduardo Alves; o Diretor Superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo; e a Reitora da Unifor, Fátima Veras.
A Governadora Izolda Cela disse estar muito feliz por participar de um evento híbrido deste teor, que engaja muitas pessoas, entidades e empresas. "É uma frente que eu considero muito importante e desafiadora que é relacionada à internacionalização da economia do Ceará no âmbito do comércio exterior e da atração de investimentos. Estão aqui com certeza na pauta tópicos que têm mobilizado as inteligências do setor empresarial, da academia e do governo, como a energia, a economia do mar, a economia criativa e outras tantas que fazem do Ceará um grande potencial de realização e de expansão", afirmou.
No discurso da solenidade de abertura, Sampaio Filho ressaltou as atividades desenvolvidas pela FIEC, pontuando que dentro do propósito da Federação, como visão de futuro, está buscar o desenvolvimento do Estado do Ceará como um todo. "Em 2015, nós criamos algumas rotas estratégicas que nortearam todo o desenvolvimento do nosso Estado e serviram como base para o Ceará 2050 e o Fortaleza 2040", lembrou.
"Esse desenvolvimento veio sendo construído ao longo desse tempo a várias mãos, como o Sebrae, o Governo, as universidades, com isso criamos uma rede para fortalecer esse movimento. Agradeço a atenção de todos e a Federação das Indústrias está e estará sempre presente no desenvolvimento do nosso Estado", afirmou Sampaio Filho, ao considerar que dois dos temas debatidos no Ceará Global, como a economia do mar e a economia criativa, têm rotas estratégicas definidas e investigadas pela FIEC.
Sessão de abertura
Logo após a solenidade de abertura, foi dada a largada à sessão de abertura, formada apenas por mulheres que debateram a internacionalização e negócios de impacto no Ceará. Na mesa, estavam duas representações da FIEC, a Gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Karina Frota, e a Coordenadora do Núcleo ESG, Alcileia Farias.
Karina Frota trouxe memórias sobre a história do comércio exterior no Ceará e apontou como os negócios estão atualmente, considerando as maiores áreas de atuação, como as exportações de aço e placas, além do fortalecimento dos calçados e do pescado. Ela ressaltou ainda que o evento como um todo trata dos temas de transição energética (com a formalização do hub de hidrogênio verde em iminência), economia do mar e a sustentabilidade.
"O Estado passa por um grande processo de internacionalização, seja através dos hubs, das nossas conexões, do próprio desempenho hoje no que se refere à recuperação econômica através do turismo. Nós, enquanto Federação das Indústrias do Estado do Ceará, trabalhamos de forma eficaz na inserção dessas empresas que possuem a internacionalização dentro da sua estratégia empresarial", avaliou a Gerente do CIN.
Na visão de Alcileia Farias, tratar de ESG é muito fácil no contexto atual, pois foi o mercado que impulsionou a sigla desde 2020. "Esse pilar de três letras se unem para trazer o equilíbrio que o econômico e o socioambiental precisa para que as indústrias tenham relevância e ganhem vantagem competitiva, mais do que nunca, mostrar o que elas fazem pela sociedade e pelo meio ambiente", explicou.
Painéis do primeiro dia
Além da sessão de abertura, o evento contou com quatro painéis diferentes sobre temas que se conectam à internacionalização da economia cearense. Foram tratados assuntos como o hub de dados globais, as vantagens locacionais competitivas, a transição energética e as rotas estratégicas cearenses. O Coordenador de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, mediou o painel que versou sobre as oportunidades e desafios das energias renováveis no Brasil e no Ceará.
Em seguida, para finalizar a noite, a Analista de Prospectiva Estratégica do Observatório da Indústria, Leila Andrade, apresentou as ações da entidade considerando as rotas estratégicas já desenvolvidas. Ela afirmou que o Observatório já concluiu ou está executando mais de 50 projetos com parceiros, além de já ter atingido mais de 2.100 participantes e ter promovido a elaboração de 39 visões de futuro.
"É um trabalho que vem desenvolvendo e mudando a realidade dos setores que nós apontamos como estratégicos. As atividades representam uma sinergia de esforços na geração de ambiência e de governança próprias para esses temas e temáticas dos setores", disse Leila Andrade.
Segundo dia
No segundo dia do evento, a FIEC também esteve presente em alguns dos painéis promovidos pelo Ceará Global com a intenção de discutir os assuntos-chave do encontro. Beatriz Fiuza, integrante do Conselho ESG da FIEC participou do painel sobre economia criativa tratando dos negócios de impacto. Segundo ela, ambos dialogam entre si, promovem mesmo princípios e geram renda na base.
“Trouxe um pouco mais de conhecimento sobre os modelos de negócio de impacto, que são negócios que têm a intenção de resolver um problema social e ambiental, que trabalham dentro das leis de mercado mesmo. São negócios que buscam lucro, mas que propõem uma solução para um problema ligado ao seu produto ou serviço principal”, explicou a conselheira.
Em seguida, a Vice-Presidente da FIEC e Secretária Executiva da Indústria, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Roseane Medeiros, fez uma palestra sobre os investimentos aplicados no Ceará e como eles se desenvolveram nos últimos anos. Ela integrou o painel “Atração de Investimento Estrangeiro para Setores Econômicos Prioritários do Ceará”.
“O momento do Ceará é absolutamente auspicioso”, disse Roseane, complementando que isso ocorre por causa de “uma política de continuidade em várias áreas que tem dado certo, pois as boas práticas têm continuado. Os investidores nacionais e estrangeiros enxergam isso como uma grande diferenciação do Estado do Ceará, com governança e governabilidade, além da preocupação com a digitalização dos processos”.
Ao fim do evento, foi promovido um espaço canvas, o qual recebeu duas representações da Federação: o Gestor do Museu da Indústria, Luis Carlos Sabadia, e o Coordenador do Núcleo de Energia, Joaquim Rolim. Ambos ressaltaram a importância de suas áreas, cultura e energia, respectivamente, apontando proposições e explicando como elas estão atualmente no Ceará.
Na visão de Rolim, “o Ceará tem um imenso potencial de energias renováveis, tanto em eólica, quanto em solar; diferentemente da maioria dos locais do mundo, nós temos ótimos potenciais em ambos. Parece que a gente vem há 20 anos se preparando para isso, fruto disso é o número de memorandos de entendimento, com mais de US$ 22 bilhões em projetos em elaboração e desenvolvimento para o hidrogênio verde”, citou.
Sabadia, por sua vez, dissertou que o Brasil tem dois artigos extremamente importantes: a diversidade cultural e ambiental. “Essas duas áreas são, nesse campo da diversidade, o que alimenta a economia criativa. O que temos de bom é juntar essas duas coisas, pois a economia criativa é esse fazer pensar, é internacionalizar, uma vez que o interesse de fora é o que temos cultural e ambientalmente”, afirmou.