CIN apresenta resultados do PEIEX, realizado em parceria com a Apex-Brasil, em evento focado em exportações

O Centro Internacional de Negócios (CIN), junto à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promoveu o evento “Conexões para Exportações” nesta terça-feira (7/11), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Na ocasião, foram apresentados os resultados do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), oferecido pela Apex-Brasil para que empresas iniciem o processo de exportação de forma planejada e segura, e realizado no Ceará através da parceria com o CIN.

Márcio Guerra de Carvalho, monitor do PEIEX Ceará, explicou que o programa se destina tanto a empresas que já realizam comércio internacional e desejam se aprimorar quanto àquelas que nunca exportaram. “O objetivo é transformar os empresários em exportadores permanentes. Inicialmente tínhamos o número de 100 empresas atendidas pelo PEIEX Ceará e tivemos um aditivo de mais 20 empresas”, contou. Ao todo, 29 municípios cearenses foram contemplados pelo programa nesta edição.

Veronica Duarte é uma das empresárias participantes da iniciativa. Sua empresa, Matrona, fabrica acessórios de moda em crochê e teve início através da tradição familiar. “A Matrona surgiu há uns cinco anos, através de um sonho de uma filha. Ela foi ao shopping, viu uma bolsa em crochê e me pediu. A bolsa era R$ 600,00. Eu falei: você não vai comprar essa bolsa. Nós vamos fazer”, conta. Ela aprendeu a prática do crochê com a avó, por volta de 1972.

Com o programa, a empresa já realizou exportações para mercados internacionais. “Minha filha é hoje minha sócia e faz toda essa movimentação focada na exportação. Estamos em um caminho bem trilhado. Já mandamos itens para a Califórnia, então está sendo muito rico esse aprendizado no PEIEX”, explica Veronica.

Telmi Silva, proprietário da Iba Castanhas, destacou a aderência do programa em diversas modalidades de exportação, como o e-commerce internacional, adotado por sua empresa, que se prepara para iniciar sua exportação para os Estados Unidos. “É uma iniciativa que nos permite sonhar, nos permite ver que a gente é capaz. É algo que abre portas, e isso é muito importante, porque às vezes um produto regional como o nosso (a castanha) ganha mais projeção e possibilidades de ganho nesses novos mercados”.

Para Karina Frota, gerente do CIN, a realização do programa é um marco. “Foram alguns meses de plantio e chega o momento de colheita, então avaliam-se os resultados, o que o projeto promoveu de incentivo para as empresas entrarem em seus projetos de internacionalização. Realizamos estudos, capacitações, e ainda estamos realizando. Recebemos um aditivo de 20 empresas, então para nós chegar nesse momento é um motivo de muita celebração”, contou.

Soluções além do PEIEX

O evento trouxe ainda espaço para que as empresas conhecessem soluções que abrangem a trajetória de internacionalização após a realização do PEIEX. Rafaela Cavalcante, Coordenadora do PEIEX Ceará, apresentou as soluções do CIN para os demais estágios do comércio internacional. Rita Albuquerque, coordenadora de qualificação da ApexBrasil, trouxe também um panorama das ações da Agência que, segundo ela, tem focado fortemente no Norte e Nordeste brasileiro. 

De acordo com Rita, um dos pontos de ênfase do trabalho de internacionalização realizado pela Apex, abrangendo também o CIN, é a superação da falta de uma cultura exportadora. “A gente tem o desafio das empresas brasileiras acreditarem que elas têm condições e qualidade para exportar seus produtos. E quando a gente fala de exportar, todo mundo associa muito a contêiner, a algo grande, dispendioso. Mas há também outras formas, para empresas de qualquer tamanho”, concluiu.

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