Exportações do setor mineral cearense crescem em 2024, com Itália, Estados Unidos e China liderando entre países compradores
As exportações do setor mineral cearense cresceram em 2024, apontou a mais recente edição do relatório Setor em Comex - Setor Mineral, estudo elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). De acordo com os dados, o segmento exportou um total de US$ 81,08 milhões no ano, 6% a mais que em 2023. A Itália foi o principal país comprador dos produtos minerais cearenses, absorvendo 33% das exportações, seguida por Estados Unidos (25%) e China (10%)
O relatório reflete o fortalecimento do setor, impulsionado pela diversificação de mercados compradores e pelo bom desempenho de produtos-chave no exterior. O destaque são os quartzitos, que representaram 34% do valor total de exportações, com US$27,81 milhões comercializados, um aumento de 40% nas vendas externas se comparado ao ano anterior. O município de Uruoca é o principal polo exportador do material, destinando produtos à Itália e à China.
Outro produto significativo nas exportações do setor mineral em 2024 foi a magnésia calcinada, que acumulou US$ 12,64 milhões exportados (16% do total), crescendo 2,8% em relação a 2023.
Em terceiro lugar, ficou o ferro-silício, com US$ 8,7 milhões (11%) comercializados ao mercado exterior, apresentando crescimento de 9,4%. Nessa área, destaca-se o município de Banabuiú como importante polo exportador.
“Considerando que as exportações gerais do Ceará ficaram em torno de US$ 1,5 bilhão, esse volume exportado pelo setor mineral em 2024 foi muito significativo. É um setor que está entre os seis mais importantes da economia cearense e que interioriza desenvolvimento, gerando renda na zona rural. E sabemos que as exportações são apenas parte de um todo. As vendas do mercado interno são ainda maiores, o que mostra a pujança de um setor que está enraizado em mais de 100 municípios”, destaca o Presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar.
Entre os segmentos da mineração, ele ressalta o de mármore e granito, que, em 2024, exportou US$ 44 milhões, triplicando os resultados nos últimos 10 anos. “A grande razão disso foi o desenvolvimento das pesquisas e da lavra das rochas quartzitos, que têm uma aceitação gigantesca. O Ceará é considerado uma nova fronteira do mundo dessas rochas, e a tendência é que as exportações cresçam bastante e o setor de rochas ornamentais ganhe cada vez mais importância na economia do Estado”, completa.
Importações
Já no que se refere às importações, o Setorial em Comex - Setor Mineral 2024 revelou um aumento de 22,1% em relação ao ano anterior. registrando US$ 3,14 milhões adquiridos. Segundo o estudo, a alta "reflete a maior demanda por insumos e matérias-primas importadas, essenciais para o fortalecimento do setor industrial cearense".
Entre os produtos mais importados, estão o ferro-silício (US$ 1,59 milhão), ladrilhos e placas cerâmicas para pavimentação ou revestimento (US$ 395,9 mil), e mármore, travertino e alabastro (US$ 287 mil).
As importações cearenses originaram-se em 13 países diferentes, com China e Reino Unido respondendo por 53% do total importado. A China consolidou-se como a maior origem das importações, com um aumento impressionante de 201%, enquanto o Reino Unido apresentou uma redução de 29,6%.
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